terça-feira, 26 de junho de 2012

A Igreja, o poder da influência do céu na terra.

Tema: “A igreja, o poder de influência do céu na terra”
Texto: Mt. 16:18-19
Introdução
·         Se fizéssemos uma pesquisa e perguntássemos o que as pessoas acham da igreja com certeza ouviríamos muitos conceitos distintos.
·         A verdade é que o conceito que a maioria tem da IGREJA tem muita ligação com as tele-igrejas (igrejas da televisão), pois elas tem tido uma visibilidade maior.
·         Obs: o pior é que a forma errada de falar de princípios que são corretos e bíblicos desgasta-os.
·         Se você quer saber o propósito das coisas pergunte aos seus idealizadores.
·         Quem idealizou a igreja? R= Deus, e ainda deixou um manual, a BIBLIA.
·         Em que contexto Jesus aparece? Gostaria de frisar pelo menos dois contextos:
Desenvolvimento
1.      Contexto religioso.
·         Havia naquela época alguns grupos religiosos: os essênios, os fariseus, os zelotes e os saduceus.
·         Esses eram os principais grupos religiosos da época e tinham algo em comum: achavam que não podiam se relacionar com os diferentes e eram separados da sociedade. Acreditavam que para viver com Deus precisavam se excluir das pessoas “imundas”.
·         As religiões apresentavam uma proposta de claustro, de exclusão. Jesus então não encontra em nenhum grupo religioso da época o perfil da sua missão, então Ele disse: eu edificarei a minha igreja.
·         Jesus veio trazer uma nova perspectiva do que é servir a Deus, servir a Deus não é exclusão, mas influência.

2.      Contexto político.
·         Na época a palestina era uma colônia do império romano.
·         Herodes era uma dinastia que comandava a palestina. Pilatos era o governador de Roma responsável pela colonização da palestina, César era o rei do império.
·         Havia três atitudes para se estabelecer um governo em um novo território: 1ª vencer o rei que ali estava; 2ª enviar um governador; 3ª enviar uma ekklesia.
·         A ekklesia tinha o papel de levar a cultura (o evangelho – uma contra cultura) para o novo território.
·         Cultura = são costumes de um povo.
·         Mt. 7:10 = venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.

3.      Conceito etimológico.
·         Igreja vem da junção de duas palavras gregas: EK = para fora; KLESIA = uma assembléia de chamados.
·         O que nós precisamos identificar é: o que Jesus quis dizer com a expressão: chamados para fora.

4.      As metáforas de Jesus para falar da igreja.
·         Sal = Mt. 5:13.
·         O sal tem três funções: 1º preservar; 2ª dar gosto; 3ª provocar sede.
·         Percebam então que o sal é um elemento de influencia. Grave essa palavra: INFLUÊNCIA.
·         Obs: ele só cumpre o seu propósito para fora do saleiro.
·         Agora Jesus nos alerta para uma realidade: se o sal ficar insípido. Se isso acontece, o sal perde quatro coisas: 1º seu sabor (com que se há de salgar?); 2º seu propósito (não consegue salgar); 3º seu valor (para nada mais presta); 4º seu lugar (se não para ser lançado fora).
·         Obs: o valor não está só na quantidade de sal, mas principalmente na sua qualidade. Não adianta termos muitas igrejas e não termos muita qualidade.
·         Luz = Mt. 5:14.
·         Nesta parábola Jesus usa duas metáforas para falar da mesma coisa, e tanto o sal como a luz ele alerta para a possibilidade deles não cumprirem seus propósitos: o sal pode ficar insípido e a luz pode estar apagada, ou escondida.
·         A palavra ignorância no hebraico é escuridão; e a palavra conhecimento é luz.
·         O meu povo perece por que lhes falta conhecimento, LUZ.
·         Quando Jesus diz: vos sois a luz do mundo, Ele estar dizendo: vocês levarão o meu conhecimento para esse mundo ignorante (em trevas).
·         Semente = Mt. 13:31, 32.
·         Pensem em um campo cheio de sementes. O que vai acontecer com esse campo (mundo) com o passar do tempo? R= ele será tomado por arvores que mudaram o ambiente.
·         Fermento = Mt.13:33, 35.
·         1 – O fermento não serve para nada dentro do pacote.
·         2 - O fermento deve ser introduzido na massa para cumprir seu propósito.
·         3 - Até que fique tudo levedado, ou seja, até que o fermento influencia toda a massa.
·         QUERO FAZER TRÊS OBSERVALÕES:
·         Obs1: os quatro elementos usados por Jesus são elementos não apenas de diferença, mas de influencia.
·         Obs2: os quatro elementos podem não cumprir seus propósitos.
·         Obs3: os quatro elementos são colocados com uma expectativa.
·         A igreja é um elemento não apenas de diferença na terra, mas de influencia.
·         INFLUENCIA. Etimologia: in = movimento para dentro; fluência = escorrer até ficar tudo preenchido.
·         Influência é transformar o outro no que eu sou.
Conclusão
·         Ler 2corintios 5:18-20 = cinco vezes aparece a palavra reconciliar.
·         RECONCILIAR: RE = VOLTAR; CONCILIAR = UNIR. Voltar a unir.
·         Lc. 24:49 = ...REVESTIDOS... = VOLTAR A VESTIR. Por que a bíblia usa muito esse prefixo? R= Re.
·         Precisamos voltar ao início de tudo para entendermos o propósito de Deus para o homem. O Éden foi o início de tudo.
·         Precisamos como igreja a re-ver nossa visão, nossa missão e a nossa mensagem.



Ribamar Braga
(Pastor Presidente da IBP)

terça-feira, 5 de junho de 2012

O encontro de um profeta com um rei Pregação 03/06/2012

Tema: “O encontro de um profeta com um rei”
Texto: 2 Sm. 12:1-14
·         Davi um rei, mas Natã era um profeta.
·         A bíblia relata que eles tiveram um encontro.
·         Existem algumas lições que gostaria de extrair desse encontro.

1.      Não há nada em oculto que não será revelado. (Mt. 10:26).
·         Davi estava vivendo uma vida dúbia, mas ninguém consegue viver uma vida dúbia por muito tempo.
·         Ex: você consegue esconder um rato morto dentro de casa? Por um tempo sim, mas depois começa a feder. O pecado fede mais do que rato morto.
·         Na verdade não existe oculto no mundo espiritual, nós nunca estamos sozinhos, nós estamos sendo assistidos por duas realidades espirituais o tempo todo.
·         Obs: quando não revelamos nosso pecado a quem pode ser um canal de Deus para nos ajudar, ele será descoberto para nossa vergonha.
·         Todo pecado precisa ser arrependido, confessado e abandonado.
·         Talvez Davi pensou que tinha sido um sucesso, por que ninguém tinha visto o que acontecera. E foi continuar a viver sua vida como se nada tivesse acontecido, mas, ninguém vive “normal” após ferir a santidade de Deus sem que antes seja tratado.
·         Se Davi tivesse buscado logo tratar àquela situação as implicações da conseqüência seriam outras. Penso que seu filho não teria morrido.

2.      Somos rápidos para sentenciar os outros e vagarosos para reconhecer os nossos erros.
·         Enquanto Davi pensava que Natã estava falando de outra pessoa ele foi rápido ao veredicto, mas depois que descobriu que era dele que o profeta estava falando ficou calado.
·         Somos duros com os outros e complacentes conosco, quando deveríamos fazer o contrario.
·         Obs: é impressionante como nós temos essa tendência de achar que o nosso pecado é sempre justificável, mas o do outro foi pura “safadeza”.
·         Quando Davi entendeu que era dele que o profeta estava falando ele mudou o veredicto.
·         Obs: aprendo também que seria muito interessante se antes de nós sentenciarmos os outros nos colocássemos nos seus lugares.

3.      As pessoas nos imaginam, mas Deus nos conhece.
·         Naquele momento Davi era um homem respeitadíssimo pela nação, já tivera vencido Golias, era além de rei um herói, mas Deus tinha outro conceito a respeito de Davi.
·         Então as pessoas imaginavam Davi, mas Deus o conhecia.
·         Haviam dois relatórios a respeito de Davi: um do povo e outro o de Deus.
·         É preferível você não estar à altura da expectativa dos homens, mas estar compatível a expectativa de Deus.
·         Procura apresenta-te a Deus como obreiro que não tem do que se envergonhar (2 Tm. 2:15).
·         Gosto da ênfase que o apostolo Paulo dar: a Deus, ou seja, não apenas aos conceitos dos homens, mas acima de tudo ao conceito de Deus.
·         O que os homens imaginam a teu respeito? Será que é compatível com o que Deus sabe a teu respeito?
·         Obs: o inverso também é verdadeiro: às vezes as pessoas olham para você e não vem nada, mas Deus conhece sua intimidade.
·         Obs: o interessante é que o mesmo Davi viveu em um determinado momento do seu ministério uma situação oposta: as pessoas não o conheciam, portanto começaram a imaginá-lo, mas Deus o conhecia na intimidade, fora da vista dos humanos.
·         Ex: quando ele se dispôs a lutar contra Golias. Saul disse: quem é você? Esta pergunta revela que Davi não era conhecido pelos homens, mas era um conhecido da presença de Deus.

4.      Nós precisamos de vozes sinceras ao nosso redor.
·         Um bom conselho mudar o destino de um homem. Ex: Sl. 1:1-2.
·         Se Davi não tivesse um homem do seu lado que lhe fosse sincero que lhe dissesse a verdade ele não seria a referencia que é hoje.
·         E se ele não tivesse também ouvido aquela exortação com um coração aberto não adiantaria um bom conselho.
·         Obs: cuidado com o seu conceito de amigo, cuidado com os bajuladores.
·         O conceito errado de amizade pode afastar de nós os verdadeiros amigos e contrapartida nos aproximar dos falsos amigos.
·         Obs: o verdadeiro amigo também é aquele que tem coragem de nos confrontar.
·         Amigo consola, mas amigo confronta.

5.      Todo pecado terá uma conseqüência.
·         O gozo do pecado não se compara com a dor da sua conseqüência.
·         Ex: Sansão e o mel sobre o leão morto. O pecado é doce como o mel, mas a sua conseqüência é amarga como o fel.
·         Um homem arrependido estar perdoado, mas não livre das conseqüências.
·         O arrependimento diminui as implicações da conseqüência.
·         Obs: se Davi tivesse confessado seu pecado antes de ser descoberto não tenha duvida que as conseqüências teriam sido menores.

6.      Deus tem uma aliança com os arrependidos.
·         Arrependimento não é remorso.
·         Homem de Deus não é aquele que não erra, mas aquele que reconhece e se retrata do seu erro.
·         Arrependimento no grego é: metanoia, mudança na mente.
·         Ex: o prodigo quando volta não foi chicoteado, ou envergonhado pelo pai, mas pelo contrario recebeu um anel, uma aliança, para nos dizer que Deus tem uma aliança com os arrependidos.